O limpa pára-brisas eléctrico celebrou o seu 80º aniversário em 2006. Foi criado pela Bosch.
O limpa pára-brisas eléctrico celebrou o seu 80º aniversário em 2006. Foi criado pela Bosch em 1926, e desde essa altura percorreu um longo caminho até se tornar numa das estrelas do século XXI, através do limpa pára-brisas sem articulações.
O problema da limpeza do pára-brisas apareceu com um ligeiro atraso na história do automobilismo, apenas quando o automóvel se transformou num meio de transporte para todas as condições atmosféricas. No início, a limpeza do pára-brisas não era feita com uma escova, mas como uma régua. Foi o Príncipe Heinrich, da Prússia, o irmão mais novo do último Kaiser alemão, Wilhelm, um fã do automobilismo, que a patenteou em 1908. A ideia era afastar a água por meio de uma régua, que corria no pára-brisas para cima e para baixo. Mas enquanto o condutor dava à manivela só podia guiar com uma mão, o que se tornava perigoso.
Também perigosos eram os limpa-vidros produzidos na altura nos Estados Unidos, que funcionavam com a ajuda de vácuo. O problema era que, com o aumento das rotações do motor, o limpa vidros funcionava mais devagar. Desde 1923 que havia na Bosch projectos para a concepção de um limpa-vidros. Mas somente três anos mais tarde foi fornecido o primeiro limpa-vidros Bosch, sendo que o seu accionamento era independente do motor. A boa visibilidade surgia finalmente.
Este dispositivo limpava o vidro 30 vezes por minuto. Um pequeno motor eléctrico accionava uma alavanca de limpeza equipada com borracha, através de um sem-fim e de uma transmissão dentada. Resultado: O limpa-vidros Bosch tornou possível, mesmo com mau tempo, manter a sua velocidade do veículo.
Desde essa altura, centenas de milhões de escovas limpa-vidros Bosch têm vindo a afastar rios de água do pára-brisas, em todos os continentes. A técnica não ficou parada nestes 75 anos. 16 anos após o baptismo do "filho mais novo" da Bosch, já tinham surgido 32 variações no mercado. O grande impulso nas novidades aconteceu, naturalmente, depois da guerra, com a motorização em massa. Dispositivo de lavagem, interruptor de intervalo, limpa-vidros traseiro e injectares de aquecimento, passaram a cuidar da boa visibilidade.
No início do século XXI, o limpa-vidros não deixou de dar saltos de evolução técnica. Klaus-Jürgen Estermann, fala até de uma transição quântica. Relata inovações que elevaram o instrumento à liga dos Produtos de Alta Tecnologia. E fala de tendências interessantes: o limpa-vidros teve primeiro de envelhecer antes de ser descoberto pelos designers do nosso tempo. E está a viver uma segunda juventude. Do “low-interest-product", tornou-se numa estrela elegante.
Isto é especialmente válido para as novas escovas limpa-vidros sem articulações. Em vez das articulações, duas calhas elásticas formam o braço de limpeza, que é composto por uma só peça, o que produz um apoio uniforme na medida em que a força, sem a pressão dos pontos de articulação, é distribuída uniformemente. As estrias desapareceram. O novo limpa-vidros é mais simples e eficiente e, ainda por cima, mais bonito. Possui apenas oito componentes em vez dos 22 na versão articulada. É mais baixo e mais leve, limpa melhor, é mais aerodinâmico, mais silencioso e permanece assente no vidro mesmo a grandes velocidades.
A Evolução do Limpa Pára-Brisas
1908 - Patente da régua de afastamento pelo príncipe Heinirich von Preussen;
1926 - Primeiro limpa-vidros da Bosch;
1959 - Jacto de lavagem;
1971 - Interruptor de intervalo do limpa-vidros;
1973 - Escovas à prova de torção e sem rebites;
1975 - Limpa-vidros traseiro;
1982 - Injector duplo aquecido para dispositivo de lavagem de vidros;
1984 - Limpa-vidros de Inverno;
1985 - Limpa-vidros duplo "tandem";
1986 - Escova Spoiler;
1987 - Regulação electrónica de pressão para limpa-vidros;
1989 - Sensor de chuva para o limpa-vidros;
1995 - Braço com comando de elevação;
2000 - Escova sem articulações.
Acerca da Bosch
A Bosch é uma marca alemã do Grupo Bosch, o maior fabricante independente do mundo de componentes automóveis para Primeiro Equipamento, com clientes em mais de 120 países. Produz componentes e sistemas para a indústria automóvel em 146 fábricas, implantadas em 26 países. No total emprega mais de 220 mil pessoas e tem um volume de vendas anual superior a 40 biliões de euros.